Nunca ouviram desde pequenos, falar no pára, escuta e olha?
Os peões, valendo-se dessa máxima que é a prioridade absoluta, lançam-se nas passadeiras sem ao menos olhar para o lado.
Irrita-me.
E irrita-me sobretudo porque sou condutora, e porque a todo momento posso atropelar alguém e estar isenta de culpa.
Existem também os peões que estão a conversar ao telémovel, na beira da passadeira, e de repente a conversa termina e lá vão eles... atravessam e ainda olham para o lado com cara de indignação como se nós, fossemos obrigados a adivinhar a altura exacta em que eles decidem atravessar a passadeira.
Exiete também aquele tipo de peão, que faz questão contar quantas pastilhas elásticas estão coladas ao alcatrão, pelo menos a lentidão com que atravessa dá essa sensação.
Enfim, acho que o peão, sente que o seu auge diário é atingido, quando um carro pára para ele passar.
Não gosto mesmo nada de peões...
9 comentários:
Cheira-me que a senhora já teve a tentação de atropelar algum, mas olhe que isso é um pensamento muito pouco cristão.
Quando tirei a carta, aprendi que o peão tem sempre prioridade, na passadeira ou fora dela e tento cumprir esse mandamento sem pensamentos homicidas. Enquanto peão, faço os possíveis para não atrapalhar o trânsito mas verifico que muitos automobilistas se acham donos do mundo, e essa mentalidade tem de acabar.
Nem tu nem eu. Ainda por cima quando começam a mandar vir e a gesticular a apontar para a passadeira como quem diz "Pitósga! Não sabes o que é uma passadeira?"
Eu acho que o mal não são os peões (como figura do Código da Estrada) mas as pessoas em si. Acho que o ser-humano (ou o tuga porque isto já me parece uma questão de nacionalidade mais do que uma questão de ser pessoa ou animal) anda com a mania que tem de ser mais importante do que o sujeito do lado: como peão é mais importante do que o automobilista, como cliente é mais importante do que o outro ao lado... tem de passar sempre à frente do indivíduo que esteja geograficamente mais próximo.
Acho que todos nós já tivemos prestes a ceder à tentação de passar por cima de um...e ainda há aqueles que sem estar sequer perto de uma passadeira decidem atravessar a rua...só porque sim...e quem quer que pare (e nós paramos nem que seja por amor ao capo!).
Boa semana =)*
Há pessoas que gostam de se atirar para cima dos carros, na passadeira e fora dela.
Eu pelo menos espero sempre que os carros parem, para eu poder passar.
Ó Ju, mas tu antes de seres condutora és peão. E de facto o condutor tem de ter atenção a triplicar, por muito que o aborreça certas atitudes menos cívicas de quem vai a pé. A verdade é que no fim quem está desprotegido é quem anda, o condutor tem sempre uma armadura (o próprio carro). Revê os teus sentimentos porque podes de repente dar por ti, seres o peão e teres um condutor a pensar em relação a ti como tu pensas em relação aos outros.
Eu sou peão e o que me irrita é a arrogância de certos condutores, todos chateados por terem de parar nas passadeiras e terem de deixar passar as pesoas. E ainda há aqueles que nem sequer param, é sempre a abrir!
Maria
PS: Alfacinha, 100% de acordo com o seu comentário.
Ção, eu sou peão sim, mas com a mesma consciência com que sou condutora, sempre respeitando quem anda na estrada.
Eu chamo a atenção sobretudo pela falta de respeito com que alguns peões se lançam na passadeira, obrigando-nos a travar de repente. Eu não sou obrigada a saber que aquela pessoa vai atravessar a estrada, a pessoa tem de olhar para ver se vem algum carro, porque assim como na estrada temos de ter atenção aos outros carros, na passadeira tb tem de haver essa atenção. Imagina um condutor distraído, é humano... mas se o peão estiver atento, nada acontece.
Tudo passa pelo respeito.
Jú,
Eu sou peão e sei a hora que devo parar e atravessar. Pior que alguns peões inconsequentes e irritantes, são os verdadeiros "asnos" que andam por aí ao volante.Estes sim, eu odeio e abomino!
Bjs.
Concordo contigo mas no fundo quem arca sempre com a acção é quem conduz, o sujeito activo é o condutor. Eu também era um bocado revoltada com o comportamento das pessoas a pé, mas mudei com o tempo e passei a ter a tal atenção quadriplicada. ma coisa que me enerva sim é as mulheres com carrinhos de bebé. Elas atiram o carrinho para a frente e em situações de visibilidade reduzida não se vê o carrinho, por exemplo se vierem de um passeio onde estão carros parados, a única coisa que vês é a pessoa vertical e podes bater no carro com a criança sem querer. Já apanhei dois sustos assim, num ela ia cheia de pressa e ainda me deu um pontapé no pára-choques fora de uma passadeira e no outro ia ao telemóvel e nem se apercebeu que estava a atravessar uma estrada, também fora da passadeira.
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